02/11/2019

LERNER - Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário

01- (...) O necessário é fazer da escola um âmbito onde  leitura e escrita sejam práticas vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidades que é necessário assumir.(...) (Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola – o real, o possível e o  necessário. Artmed – 2002)

Dentre as propostas da autora para possibilitar a adequada escolarização das práticas sociais de leitura e  escrita, encontra­se a que se refere

(A) ao destaque que deve ser dado à ortografia das  palavras no ensino e na avaliação da escrita.
(B) à priorização dos propósitos didáticos nas escolas.
(C) à distribuição dos conteúdos, estabelecendo uma correspondência termo a termo entre parcelas de saber e parcelas de tempo.
(D) à função avaliadora, que deve estar centrada no professor, com o papel de corretor exclusivo dos escritos das crianças.
(E) à articulação dos propósitos didáticos com propósitos comunicativos por meio da modalidade organizativa de trabalho por projetos.



02- Dentre as considerações feitas por Delia Lerner e Patricia Sadovsky, em seus estudos sobre o acesso das crianças ao sistema de numeração e sobre os diversos recursos didáticos utilizados pelos professores, destaca­se a que se refere

(A) à apropriação da escrita convencional dos números pela criança, que se faz seguindo sempre a ordem da série numérica.
(B) ao enfoque proposto pelas autoras de evitar os  riscos de desafiar as crianças com problemas cuja resolução ainda não lhes foi ensinada.
(C) à utilização do ábaco nas escolas, que hoje não se justifica mais, e que, dadas as condições atuais, poderia ser substituído pela calculadora.
(D) à crença construtivista de que a numeração escrita só pode ser elaborada pelas crianças no ambiente escolar.
(E) à opção por um enfoque que investe, de início, no estabelecimento de todas as relações possíveis, a fim de evitar a diversidade de conceitualizações e o consequente estabelecimento da provisoriedade no processo de construção do conhecimento.



03- Para os adultos de hoje, parece óbvio que existe uma única maneira de representar as somas e as subtrações,  e que essa maneira seria facilmente compreendida  pelas crianças, porém os estudos demonstrados por  Lerner mostram a necessidade de modificar o enfoque que, em geral, é feito na escola. Afirma a autora que é necessário que o professor, no trabalho com as crianças,


(A) proporcione o uso das formas de representação que elas considerem válidas. 

(B) deixe de lado a representação convencional. 
(C) trabalhe com modelos e exemplos convencionais. 
(D) estabeleça a representação convencional como a única possível. 
(E) discuta as formas de representação priorizando a convencional.




04- Desenvolver um projeto pedagógico vai além de adaptar para uma escola um conjunto de formulações gerais. Consiste em saber regulá-las em favor do que se pretende que seja específico e desejável para ela. Segundo Lerner, o trabalho com projetos favorece 

(A) o parcelamento do tempo e do saber. 

(B) a justaposição de atividades bem variadas e distintas. 
(C) o tempo de aprendizagem e preserva o sentido do objeto de ensino. 
(D) uma relação tempo-saber. 
(E) a autonomia dos alunos.



05-  Lerner (2002) e Soares (2003) relacionam, cada qual a seu modo, o processo de alfabetização escolar com as relações sociais de poder. Para essas autoras, o domínio da leitura e da escrita 


(A) corresponde à própria cidadania, no que concordam com Fernando Pessoa que afirmou ser a língua portuguesa sua verdadeira pátria. 

(B) tornou-se senha de acesso à sociedade do conhecimento e da tecnologia e é alcançado mediante a adoção de métodos globais de alfabetização, com ou sem cartilhas. 
(C) é condição para chegar a posições de mando na estrutura social e no mundo do trabalho; por isso, a seletividade da escola faz justiça ao peneirar os melhores. 
(D) apresenta-se como obrigatório para os segmentos sociais mais elevados, usuários de formas eruditas; as camadas populares podem exercer sua cidadania sem esse domínio. (E) é um fator indispensável ao exercício da cidadania nas sociedades letradas e é alcançado tomando-se as práticas sociais de leitura e de escrita como objeto de estudo.


06- Lerner (2002) destaca o duplo propósito de cada situação de leitura. Por um lado, um propósito didático: ensinar certos conteúdos constitutivos da prática social da leitura, com o objetivo de que o aluno possa reutilizá-los no futuro, em situações não didáticas. Por outro lado, um propósito comunicativo relevante desde a perspectiva atual do aluno. Fazer uma comida, utilizar um aparelho ou construir um móvel são exemplos apontados pela autora de textos que costumam ter como propósito social de leitura ler para

(A) procurar o significado de uma palavra.
(B) resolver um problema prático.
(C) se informar sobre um tema de interesse.
(D) buscar informações específicas.

(E) viver excitantes aventuras.





RESPOSTAS:

01 - E
02 - C
03 - A
04 - E
05 - E
06 - B

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