06/11/2019

DE LA TAILLE, Y., OLIVEIRA, M.K.; DANTAS, H. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.

Vygotsky defende que as funções mentais não devem ser compreendidas isoladamente, pois é da essência delas a inter-relação de umas com as outras. Segundo Oliveira (in: De La Taille et al, 1992), Vygotsky usou o termo função mental para referir-se

(A) à zona de desenvolvimento proximal.
(B) à zona de desenvolvimento real.
(C) ao desenvolvimento da moral e da cognição.
(D) aos processos de equilibração e acomodação.
(E) a processos como pensamento, memória, percepção e atenção.



02- Piaget, Vygotsky e Wallon, respeitados pesquisadores, dedicaram-se à compreensão do funcionamento psicológico à luz de sua gênese e evolução. Eles abordaram as relações entre fatores biológicos e sociais no desenvolvimento psicológico e entre aspectos cognitivos e afetivos da psicologia humana. Um diálogo entre as ideias desses estudiosos é estabelecido por La Taille, Oliveira e Dantas (1992). 

Tomando como referência a obra desses autores, classifique cada uma das afirmativas seguintes em verdadeira (V) ou falsa (F).

( ) La Taille considera que nada há de mais injusto que a crítica feita a Piaget de desprezar o papel dos fatores sociais no desenvolvimento humano. O máximo que se pode dizer é que Piaget não se deteve sobre a questão, mas o pouco que levantou é de suma importância. 
( ) Para Piaget, a coação deve ser evitada sempre, inclusive no início da educação, porque pode fixar a criança na heteronomia. Para favorecer a conquista da autonomia, a escola precisa respeitar e aproveitar as relações de cooperação espontânea entre as crianças. 
( ) Wallon elege a observação como o método mais adequado para a psicologia. A observação permite o acesso à atividade da criança em seus contextos, condição para que se compreenda o real significado de cada uma de suas manifestações. 
( ) Vygotsky defende que o pensamento tem origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção. Assim, uma compreensão completa do pensamento humano só é possível quando se compreende sua base afetivo-volitiva.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

(A) F – V – F – V.
(B) V – V – F – V.
(C) F – V – V – F.
(D) V – F – V – V.
(E) V – V – V – V.



03- Na análise de De La Taille (In: De La Taille, Oliveira e Dantas, 1992), Piaget contrapõe-se claramente aos conselhos pedagógicos de Durkheim. Piaget concorda com ele quando afirma que__________________se dá a todo instante na participação social da criança. No entanto, discorda totalmente quando Durkheim afirma que somente___________________possibilita o desenvolvimento moral. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto. 

(A) a educação moral … a imposição da autoridade 
(B) a apresentação de modelos precisos … a educação moral 
(C) a apresentação de modelos precisos … a relação mestre/aluno 
(D) a educação cívica … a educação moral (E) a imposição da autoridade … a relação mestre/aluno



04- Uma criança demonstra inteligência capaz de empregar símbolos e signos mas, ainda, falta-lhe a reversibilidade. Segundo Piaget, citado por De La Taille (1992), tal esquema de ação caracteriza o período por ele denominado 

(A) operatório concreto. 
(B) pré-operatório. 
(C) sensório-motor. 
(D) formal. 
(E) simbólico fundamental.



05- Ao refletir sobre juízo moral, Piaget (De La Taille 1992) citou a seguinte situação: um menino quebrou dez copos sem querer e outro quebrou um só durante uma ação ilícita, qual é o mais culpado e por quê? A hipótese formulada por Piaget quanto à concepção moral da criança que julga mais culpado o menino que quebrou dez copos sem querer é a de que ela está na fase por ele denominada de 

(A) realismo moral. 
(B) autonomia ética. 
(C) anomia total. 
(D) obrigações mútuas. 
(E) reciprocidade parcial.



06- De acordo com Wallon, as crianças são seres essencialmente emotivos, trazendo a sua emoção à tendência forte, porque funcional, a se propagar. Os adultos no convívio com as crianças estão permanentemente expostos ao contágio emocional. De acordo com Dantas (De la taille et all, 1992), isto pode ocorrer na direção da produção de uma emoção análoga ou complementar. A autora apresenta como exemplo, a ansiedade infantil que pode produzir no adulto próximo angústia ou irritação. Para a autora, resistir a essa forte tendência implica 

(A) acolhê-la para intensificar o sentimento da criança. 
(B) ignorá-la para não se contaminar. 
(C) aceitá-la para viver as próprias emoções. 
(D) conhecê-la, condição essencial para reverter o processo. 
(E) afastar-se para não transmitir os próprios sentimentos.




RESPOSTAS:
01 - E
02 - D
03 - A
04 - B
05 - A
06 - D

CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez Editora, 2002.

01- José Contreras (2002) relaciona autonomia dos professores e profissionalidade. Esta é entendida como as qualidades necessárias ao próprio trabalho de ensinar. Ao defender uma concepção do ensino enquanto profissão, ele ressalva três dimensões básicas da profissionalidade por sua importância para conceber o problema da autonomia, quais sejam, 

(A) o controle ideológico; o controle técnico no ensino e a luta contra a proletarização dos professores. 
(B) o controle sobre o conhecimento; o profissional reflexivo e a responsabilidade social. (C) a reflexão crítica; a consciência da parcialidade de si mesmo e a capacidade de reivindicação trabalhista. 
(D) a obrigação moral; o compromisso com a comunidade e a competência profissional. 
(E) a emancipação; a autonomia das decisões profissionais e a irredutibilidade técnica do ensino.



A ideia de autonomia de professores tem sido muito comum nos discursos pedagógicos; no entanto, seu emprego nem sempre reflete uma clareza quanto ao seu significado. Para Contreras (2002), a autonomia não é um chamado à autocomplacência, nem tampouco ao individualismo competitivo, mas a convicção de que um desenvolvimento mais educativo dos professores e das escolas virá do processo democrático da educação, isto é, da tentativa de

(A) obter maior capacidade de intervir nas decisões políticas relacionadas à escola.
(B) construir uma autonomia democrática tendo em vista o local e o universal.
(C) obter cada vez mais espaços de independência e menos controle burocrático.
(D) construir uma autonomia profissional juntamente com a autonomia social.
(E) reinvidicar menos intervenção das famílias e da sociedade nas práticas escolares.







RESPOSTAS:
01 - D
02 - D


05/11/2019

CASTRO, Jane Margareth; REGATTIERI, Marilza. Relações Contemporâneas Escola-Família

01- Tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA quanto na Lei Federal no 9.394/1996 – LDB, a efetividade do direito à educação das crianças e dos adolescentes deve contar com a ação integrada dos agentes escolares e pais ou responsáveis [...] o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação reforça a importância da participação das famílias e da comunidade na busca da melhoria da qualidade da educação básica (Castro; Regattieri, 2009). Nesse sentido, entre as diretrizes para gestores e profissionais da Educação, o Plano propõe 

(A) erradicar o analfabetismo. 
(B) proceder à universalização do atendimento escolar. 
(C) oferecer a educação em tempo integral. 
(D) oferecer educação profissional para a comunidade na escola.
(E) transformar a escola num espaço comunitário.



02- Nas relações contemporâneas entre a escola e a família, Castro e Regattieri (2009) identificam a existência de uma armadilha que consiste em um jogo de busca de culpados pelo fracasso escolar. De acordo com as autoras, acerca das relações entre escola e famílias, é correto afirmar que

(A) dentro do processo educativo, não há diferenças reais ou conflitos entre os familiares dos alunos e os profissionais da educação.
(B) é importante identificar e negociar, em cada contexto, os papéis e as responsabilidades específicas entre escolas e famílias.
(C) a escola não tem a atribuição de identificar as condições de cada família, para estabelecer a melhor forma de ação conjunta.
(D) a dupla função dos pais, de representante do filho e representante da comunidade, causa prejuízos ao diálogo no interior da escola.

(E) é fundamental que a escola exija de todas as famílias, no mesmo grau de intensidade, o acompanhamento da vida escolar das crianças.



03- É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. Castro e Regattieri (2009) referem-se ao trecho como 

(A) uma das disposições legais do ECA, aplicada às escolas. 
(B) uma das disposições legais da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). (C) orientação constante na Carta Internacional dos Direitos à Criança, de 1987. 
(D) diretriz do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, do PDE. 
(E) uma determinação que os Conselhos Escolares e os Educadores podem cumprir se julgarem pertinente.




04- Castro e Regattieri (2009) destacam, em seus estudos sobre as relações contemporâneas escola-família, que na realização do direito da criança e do adolescente à educação, 

(A) transformar a escola em instituição assistencialista dará maior relevo a seu papel de ator fundamental na realização desse direito. 
(B) à escola deve ser dado o relevo a seu papel de ator fundamental e exclusivo para a plena realização desse direito. 
(C) de todos os equipamentos do Estado, os Conselhos Tutelares são os que devem ter a maior relevância em relação aos demais atores da rede de proteção social. 
(D) deve-se contar com a ação integrada dos agentes escolares e pais ou responsáveis, prevista tanto na LDB como no ECA. 
(E) o Conselho Tutelar possui capacidade legal de interferência em assuntos internos da escola.



05- Ao discorrer sobre as novas fronteiras entre escola e família, Castro (2009) ressalta que essas duas instituições deveriam manter um espaço de intersecção por estarem incumbidas da formação de um mesmo sujeito. Nessa perspectiva, cabe à escola 

(A) atribuir as famílias sua parcela de responsabilidade pela escolarização das crianças, através do acompanhamento de tarefas prescritas para casa. 
(B) exigir que um aluno com dificuldades de aprendizagem cumpra o mesmo plano de trabalho escolar dos que não têm dificuldades. 
(C) identificar as condições de cada família, para então negociar, de acordo com seus limites e possibilidades, a melhor forma de ação conjunta. 
(D) anular a assimetria entre os familiares dos alunos e os profissionais da educação, desmitificando a ideia de que são profissionais especializados. 
(E) responsabilizar as famílias quando os alunos ficam indisciplinados ou têm baixo rendimento escolar.





RESPOSTAS:
01 - E
02 - B
03 - D
04 - A
05 - C

AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos - relações de gênero na escola. São Paulo: Editora Contexto, 2016.

01- É possível afirmar que não há educação para a democracia sem coeducação. A coeducação como política pública e a educação para a democracia podem ser comparadas ao que a filósofa húngara Agnes Heller chama de ideia prático-regulativa (Auad, 2016). De acordo com a autora, são ideias prático-regulativas, pois 

(A) visam regular e normatizar o comportamento adequado a ser adotado por meninos e meninas na escola. 
(B) paradoxalmente estão permeadas de autoritarismo, mas devem ser estimuladas como meios de efetivar a coeducação dos sexos. 
(C) não existem ainda de fato, mas podem vir a existir como condição para uma sociedade mais justa. 
(D) a distinção entre escola mista e coeducação dos sexos só existe no plano teórico. 
(E) não há escola mista sem coeducação, mas pode haver coeducação sem escola mista.



02- Ao abordar questões de gênero na escola, Auad (2016) afirma que práticas no sistema educativo podem ser observadas e reconstruídas para que não carreguem um caráter desigual entre o masculino e o feminino. Uma dessas práticas é 

(A) encorajar meninas, mais que meninos, a serem líderes em grupos de tarefas e brincadeiras. 
(B) observar situações em que meninos e meninas estejam sendo preconceituosos e, em vez de intervir, registrar como resolvem o conflito. 
(C) incentivar mais as meninas para as práticas esportivas e para as atividades de Ciências e Matemática, por exemplo. 
(D) incentivar mais os meninos a brincar de boneca, cozinhar, fazer costura e realizar todo tipo de trabalho manual. 
(E) encorajar meninos e meninas a expressarem afeto pelos colegas do mesmo sexo e do sexo oposto.




03- Segundo Auad (2016), adotando o conceito de Christine Delphy, gênero é “um produto social que constrói o sexo”. Assim, afirma-se corretamente que 

(A) sexo e gênero são conceitos equivalentes, palavras sinônimas. 
(B) se as relações de gênero não existissem como são, não valorizaríamos o que percebemos como sexo. 
(C) diferenças de órgãos sexuais são, tão somente, diferenças físicas como qualquer outra. (D) sexo é um conjunto de ideias sobre o masculino e o feminino. 
(E) o sexo anatômico cria uma determinada percepção sobre o gênero.



04- Com a finalidade de fortalecer o debate sobre educação e relações de gênero com ênfase no direito à igualdade, com respeito às diferenças, Auad (2016) reflete sobre os termos escola mista e coeducação. Para a autora, 

(A) escola mista e coeducação são sinônimos, pois significam que meninos e meninas ao frequentarem o mesmo espaço estabelecem relações democráticas de igualdade diante das normas. 
(B) a coeducação para meninas em escolas separadas de meninos tende a torná-las menos vulneráveis, expressando-se com maior autenticidade, sem pautar-se tanto nos padrões masculinos. 
(C) relações de gênero mais igualitárias ocorrem em escolas mistas, sem coeducação, e o inverso não é possível. 
(D) a coeducação é uma maneira de questionar e reconstruir ideias sobre o feminino e o masculino, como elementos não necessariamente opostos ou essenciais. 
(E) a convivência de meninas e meninos na mesma escola é suficiente para a promoção de relações de gênero nas quais o masculino e o feminino sejam repensados e valorizados.




RESPOSTAS:
01 - C
02 - E
03 - C
04 - D

04/11/2019

ARÊAS, Celina Alves. A função social da escola. Conferência Nacional da Educação Básica.

1- Danilo é professor de educação básica I e decidiu participar de um congresso cujo tema é a função social da escola. Com fundamento nas ideias de Celina Arêas, durante a Conferência Nacional da Educação Básica, um dos palestrantes expôs a visão neoliberal sobre a função social da escola. Na perspectiva neoliberal, a educação escolar deve garantir 



(A) a formação do cidadão crítico, participativo e cooperativo.

(B) o fortalecimento dos valores de solidariedade.
(C) o compromisso com a transformação da sociedade.
(D) a seleção meritocrática.
(E) o preparo para o exercício da cidadania.



02- Em sua apresentação sobre função social da escola na Conferência Nacional de Educação Básica, Arêas apresenta a crítica realizada por Pablo Gentile sobre a visão neoliberal da função social da escola. De acordo com o autor, na perspectiva dos homens de negócios, nesse novo modelo de sociedade, a escola deve ter por função a transmissão de certas competências e habilidades necessárias para que as pessoas atuem competitivamente num mercado de trabalho altamente 

(A) seletivo e cada vez mais restrito. 
(B) competitivo e cada vez mais expansivo. 
(C) inclusivo e cada vez mais limitado. 
(D) especializado e cada vez mais aberto. 
(E) exigente e cada vez mais diversificado.



RESPOSTAS:
01 - D
02 - A

AGUIAR (Conselho Escolar e a relação entre a escola e o desenvolvimento com igualdade social)

01- “[...] manter os pais e responsáveis atualizados quanto ao desempenho escolar do estudante [como exige o art.12, VII da LDB/96] já se configura como resultado de determinadas concepções, opções e práticas pedagógicas efetivadas no dia-a-dia da escola” (Aguiar, 2006). Segundo a autora, atender ao disposto no inciso VII deste artigo (12) da LDB implica, para as redes de ensino e para as escolas, (A) mediar o processo de demandas da população, especialmente no que diz respeito à garantia de acesso e permanência bem-sucedida dos estudantes nas redes escolares. 

(B) incorporar a universalidade e a indivisibilidade dos direitos humanos que se expressam na garantia dos direitos à educação, por meio de programas, projetos e ações que envolvam a comunidade escolar. 
(C) promover e incentivar o acesso de todos à educação com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
(D) desenvolver ações para a redução das taxas de evasão e repetência, colaborando com a melhora da média de anos de estudo e correção de fluxo escolar na educação básica. 
(E) comprometer-se com a construção de um projeto político-pedagógico cujas dimensões pedagógicas e administrativas sejam contempladas em ações concretas do cotidiano.



02- Fernanda trabalha como professora de educação básica I em uma comunidade cujas crianças e cujos jovens encontram-se em situação de vulnerabilidade, devido à violência, ao desemprego, à gravidez indesejada e precoce e às restritas oportunidades culturais e de lazer. Nesse contexto, são variadas as atividades de cunho pedagógico que podem ser desenvolvidas na escola e na comunidade com a participação decisiva do Conselho Escolar. No entendimento de Aguiar (2006), na circunstância descrita, a escola pode:

(A) procurar interagir com os projetos comunitários, de natureza socioeducativa, que visem promover o ingresso, o regresso, a permanência e o sucesso dos estudantes na escola. 
(B) oferecer situações de desafio e de aprendizagens, propiciando aos alunos com melhor desempenho escolar o desenvolvimento das capacidades de argumentação, de crítica e da criatividade. 
(C) optar por um projeto educativo que contemple a maioria da população e que promova a inclusão social por meio de ações compensatórias, pontuais e localizadas. 
(D) adotar um discurso institucional que seja profícuo em alterar o modo de vida e a cultura das comunidades do entorno, visando à ascensão social das novas gerações. 
(E) fortalecer os conselhos escolares a fim de que eles desenvolvam um projeto político-pedagógico que ajude os alunos a se adaptarem à estrutura da escola de forma a realizar tarefas com disciplina.



03- Segundo Aguiar (2006), a proposta de desenvolvimento local como saída para a questão da pobreza, das desigualdades pessoais e regionais e da própria questão da sustentabilidade incorpora uma visão mais orgânica do desenvolvimento. Nesse contexto, a escola:

(A) está envolvida como instituição local, mas não com relação a processos formativos. 
(B) deve desempenhar papel meramente secundário no seu entorno. 
(C) oferece espaço estratégico para o desenvolvimento de ações coletivas. 
(D) mostra não sofrer imposição de limites das relações capitalistas em que está imersa. 
(E) busca construir seu projeto político-pedagógico com a participação restrita de pedagogos competentes e comprometidos.



04- Nas considerações finais do documento Conselho Escolar e a relação entre a escola e o desenvolvimento com igualdade social, Aguiar (2010) destaca que a escola, no Brasil, atende a um grande contingente de alunos oriundos de famílias que vivem em situação de pobreza e em ambientes socialmente degradados. Nesse contexto, o autor defende que o projeto-pedagógico da escola deve 

(A) reproduzir as estruturas de dominação da sociedade, acomodando os estudantes às possibilidades dentro de seu extrato social. 
(B) oferecer situações de desafio e de aprendizagem que levem ao questionamento do senso comum, contribuindo para a manutenção do status quo. 
(C) situar a educação escolar com qualidade social, optando por um projeto educativo que favoreça a minoria da população. 
(D) partir de iniciativas e políticas que apontam para a inclusão social, e seja pautado em ações compensatórias e localizadas. 
(E) ter suas bases de sustentação num projeto social mais amplo cujo ponto central seja sempre o respeito à dignidade do ser humano.



RESPOSTAS:
01 - E
02 - A
03 - C
04 - E
05 - 

02/11/2019

LERNER - Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário

01- (...) O necessário é fazer da escola um âmbito onde  leitura e escrita sejam práticas vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidades que é necessário assumir.(...) (Delia Lerner, Ler e Escrever na Escola – o real, o possível e o  necessário. Artmed – 2002)

Dentre as propostas da autora para possibilitar a adequada escolarização das práticas sociais de leitura e  escrita, encontra­se a que se refere

(A) ao destaque que deve ser dado à ortografia das  palavras no ensino e na avaliação da escrita.
(B) à priorização dos propósitos didáticos nas escolas.
(C) à distribuição dos conteúdos, estabelecendo uma correspondência termo a termo entre parcelas de saber e parcelas de tempo.
(D) à função avaliadora, que deve estar centrada no professor, com o papel de corretor exclusivo dos escritos das crianças.
(E) à articulação dos propósitos didáticos com propósitos comunicativos por meio da modalidade organizativa de trabalho por projetos.



02- Dentre as considerações feitas por Delia Lerner e Patricia Sadovsky, em seus estudos sobre o acesso das crianças ao sistema de numeração e sobre os diversos recursos didáticos utilizados pelos professores, destaca­se a que se refere

(A) à apropriação da escrita convencional dos números pela criança, que se faz seguindo sempre a ordem da série numérica.
(B) ao enfoque proposto pelas autoras de evitar os  riscos de desafiar as crianças com problemas cuja resolução ainda não lhes foi ensinada.
(C) à utilização do ábaco nas escolas, que hoje não se justifica mais, e que, dadas as condições atuais, poderia ser substituído pela calculadora.
(D) à crença construtivista de que a numeração escrita só pode ser elaborada pelas crianças no ambiente escolar.
(E) à opção por um enfoque que investe, de início, no estabelecimento de todas as relações possíveis, a fim de evitar a diversidade de conceitualizações e o consequente estabelecimento da provisoriedade no processo de construção do conhecimento.



03- Para os adultos de hoje, parece óbvio que existe uma única maneira de representar as somas e as subtrações,  e que essa maneira seria facilmente compreendida  pelas crianças, porém os estudos demonstrados por  Lerner mostram a necessidade de modificar o enfoque que, em geral, é feito na escola. Afirma a autora que é necessário que o professor, no trabalho com as crianças,


(A) proporcione o uso das formas de representação que elas considerem válidas. 

(B) deixe de lado a representação convencional. 
(C) trabalhe com modelos e exemplos convencionais. 
(D) estabeleça a representação convencional como a única possível. 
(E) discuta as formas de representação priorizando a convencional.




04- Desenvolver um projeto pedagógico vai além de adaptar para uma escola um conjunto de formulações gerais. Consiste em saber regulá-las em favor do que se pretende que seja específico e desejável para ela. Segundo Lerner, o trabalho com projetos favorece 

(A) o parcelamento do tempo e do saber. 

(B) a justaposição de atividades bem variadas e distintas. 
(C) o tempo de aprendizagem e preserva o sentido do objeto de ensino. 
(D) uma relação tempo-saber. 
(E) a autonomia dos alunos.



05-  Lerner (2002) e Soares (2003) relacionam, cada qual a seu modo, o processo de alfabetização escolar com as relações sociais de poder. Para essas autoras, o domínio da leitura e da escrita 


(A) corresponde à própria cidadania, no que concordam com Fernando Pessoa que afirmou ser a língua portuguesa sua verdadeira pátria. 

(B) tornou-se senha de acesso à sociedade do conhecimento e da tecnologia e é alcançado mediante a adoção de métodos globais de alfabetização, com ou sem cartilhas. 
(C) é condição para chegar a posições de mando na estrutura social e no mundo do trabalho; por isso, a seletividade da escola faz justiça ao peneirar os melhores. 
(D) apresenta-se como obrigatório para os segmentos sociais mais elevados, usuários de formas eruditas; as camadas populares podem exercer sua cidadania sem esse domínio. (E) é um fator indispensável ao exercício da cidadania nas sociedades letradas e é alcançado tomando-se as práticas sociais de leitura e de escrita como objeto de estudo.


06- Lerner (2002) destaca o duplo propósito de cada situação de leitura. Por um lado, um propósito didático: ensinar certos conteúdos constitutivos da prática social da leitura, com o objetivo de que o aluno possa reutilizá-los no futuro, em situações não didáticas. Por outro lado, um propósito comunicativo relevante desde a perspectiva atual do aluno. Fazer uma comida, utilizar um aparelho ou construir um móvel são exemplos apontados pela autora de textos que costumam ter como propósito social de leitura ler para

(A) procurar o significado de uma palavra.
(B) resolver um problema prático.
(C) se informar sobre um tema de interesse.
(D) buscar informações específicas.

(E) viver excitantes aventuras.





RESPOSTAS:

01 - E
02 - C
03 - A
04 - E
05 - E
06 - B

01/11/2019

Simulado: Dowbor, 2007

1- Um diretor de escola anda em geral assoberbado por problemas do cotidiano, com muita visão do imediato, e pouco tempo para a visão mais ampla. O professor enfrenta a gestão da sala de aula, e frequentemente está muito centrado na disciplina que ministra. Nesse sentido, o Conselho Municipal de Educação, reunindo pessoas que ao mesmo tempo conhecem o seu município, o seu bairro e os problemas mais amplos do desenvolvimento local, e a rede escolar da região, pode se tornar o núcleo irradiador da construção do enriquecimento científico mais amplo do local e da região [...] Quanto aos atores locais, a visão a se trabalhar é de uma rede permanente de apoio. (Dowbor, 2007) Segundo o autor, o objetivo dessa rede é:

(A) recolher informação formando um grande banco de dados sobre a realidade local.
(B) repensar, de forma mais dinâmica e com novos enfoques, a questão do universo de conhecimentos a trabalhar nas escolas.
(C) promover o investimento inicial de acesso à banda larga na escola, democratizando, assim, o conhecimento digitalizado do planeta.
(D) assegurar que a informação sobre a realidade local circule na região e, sobretudo, que permeie o ambiente escolar.
(E) criar nas escolas uma estrutura de conectividade a fim de que os alunos tenham acesso a conhecimento local e global mais atualizado.



2- Ladislau Dowbor (2007) aponta como necessário(a), para uma educação que insira nas suas formas de educar uma maior compreensão da realidade local, 

(A) a motivação dos alunos, assentada em explicações de que futuramente entenderão a importância do que estudam.
(B) uma escola em pouco mais lecionadora, dadas as dificuldades de se lidar com muito mais conhecimento e informação hoje em dia.
(C) o reconhecimento de que educação e vida profissional estão separadas cronologicamente e assim devem ser tratadas.
(D) privilegiar o “prático” relativamente ao “teórico”.
(E) a requalificação dos professores, pois estes serão, de certa maneira, colocados na mesma situação que os alunos.



RESPOSTAS
01 - D
02 - E

31/10/2019

TELMA WEISZ - O Diálogo Entre o Ensino e a Aprendizagem

1 - Weisz, em “O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem”  afirma que avaliar a aprendizagem do aluno é também avaliar a intervenção: 

(A)  da escola, já que o ensino deve ser planejado e replanejado em função das aprendizagens conquistadas ou não.  
(B) do professor, já que o ensino deve ser planejado e replanejado em função das aprendizagens conquistadas ou não.  
(C) do projeto político pedagógico, já que o ensino deve ser planejado e replanejado em função das aprendizagens conquistadas ou não.  
(D) do currículo, já que o ensino deve ser planejado e replanejado em função das aprendizagens conquistadas ou não.



02 - Conforme Weisz, em “O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem”, a escola que propomos e buscamos é uma escola aberta à diversidade – a diversidade ________________________. Considera-se que as formas de aprender diferem, que os tempos de aprendizagem também, e que não tem sentido sonhar com todos os alunos caminhando igualmente em seu processo de construção de conhecimento. A igualdade que se defende não se refere ao processo de aprendizagem, pois o processo é sempre singular, inevitavelmente. 

(A) individual, social e também moral. 
(B) cultural, social e também individual. 
(C) cultural, moral e também disciplinar. 
(D) individual, social e também disciplinar. 




03 - Weisz, em “O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem”, faz uma abordagem  em relação à importância da  ____________ no processo educacional. 

(A) prática construtivista. 
(B) prática tradicional. 
(C) prática interacionista. 
(D) prática montessoriana. 



04 - Em  “O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem”, Weisz,  afirma que  a formação que se organiza através de uma inicial construção de conceitos sobre o ensino e sobre a aprendizagem, conduz a futura ação: 

(A) discente, pela observação de práticas diversas e pela atuação dos pais, transformando-os em construtores do próprio saber. 
(B) docente, pela observação de práticas diversas e pela atuação dos alunos, transformando-os em construtores do próprio saber. 
(C) discente, pela observação de práticas diversas e pela atuação dos alunos, transformando-os em construtores do próprio saber. 
(D) docente, pela observação de práticas diversas e pela atuação dos pais, transformando-os em construtores do próprio saber. 



05 - Em  “O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem”, Weisz,  afirma que muitos problemas apontados por professores como sendo de “aprendizagem” são, na verdade, problemas de “ensinagem” ou falta de: 

(A)  conhecimento teórico que gera uma postura “adultocêntrico”, em que se concebe a aprendizagem a partir da própria concepção do adulto que já domina o conteúdo. 
(B) conhecimento científico que gera uma postura “adultocêntrico”, em que se concebe a aprendizagem a partir da própria concepção do adulto que já domina o conteúdo. 
(C) conhecimento lógico que gera uma postura “adultocêntrico”, em que se concebe a aprendizagem a partir da própria concepção do adulto que já domina o conteúdo. 
(D) conhecimento estético que gera uma postura “adultocêntrico”, em que se concebe a aprendizagem a partir da própria concepção do adulto que já domina o conteúdo. 


06 - Segundo Weisz, o professor que pretende se qualificar melhor para lidar com a aprendizagem dos alunos precisa estudar e desenvolver uma postura investigativa. Para a autora, se o professor quiser trabalhar com o modelo de ensino por resolução de problemas, com uma concepção construtivista da aprendizagem, precisa saber que:

(A) as ideias prévias são pré-requisitos para aprendizagem.
(B) o conhecimento é apreendido pela repetição do que já foi ensinado.
(C) o que o aluno já sabe não é sinônimo do que já lhe foi ensinado.
(D) ensino e aprendizagem são dois processos que se confundem.
(E) o processo de aprendizagem deve se adequar ao de ensino.


07 - Weisz (2002) compreende a relação entre o ensino e a aprendizagem como um diálogo entre processos protagonizados por diferentes sujeitos. Destaca a necessidade da avaliação e os bons usos que se pode fazer dela, quando se concebe a relação entre o ensino e a aprendizagem numa ótica construtivista. Nesse sentido, a autora analisa que, no processo de alfabetização, a atividade de ditado:

(A) pode ter objetivo de avaliação ou de aprendizagem, devendo estruturar-se diferentemente para um e outro.
(B) é tradicional e equivocada, prestando-se a objetivos restritos de avaliação da ortografia de palavras e frases.
(C) é um recurso privilegiado de avaliação diagnóstica que permite ao professor levantar os conhecimentos prévios dos alunos.
(D) foi redefinida pela psicogênese da alfabetização e já não se presta à avaliação e sim à aprendizagem, sendo feita com circulação de informação.
(E) tornou-se instrumento disciplinador das crianças, para fazerem-nas calarem-se quando estão agitadas, para voltarem a se concentrar.


08 - Segundo Telma Weisz, boas situações de aprendizagem costumam ser aquelas em que.

(A) os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar;
(B) os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem a produzir;
(C) a organização da tarefa pelo professor garante a máxima circulação de informação possível;

(D) o conteúdo trabalhado mantém suas características de objeto sociocultural real, sem se transformar em objeto escolar vazio de significado social.


09- Para explicar a importância do olhar cuidadoso do professor frente ao erro da criança na construção de conhecimentos matemáticos, Weiz apresenta alguns exemplos, dentre eles o de que

(A) quando uma criança monta um algoritmo de soma para efetuar a operação de 13 menos 7, e põe como resultado 14, é uma demonstração de que as crianças não sabem que de 13, tirando 7, não pode dar 14.
(B) ao utilizar o cálculo mental, a capacidade de raciocínio das crianças fica suspensa, por outro lado, muitas vezes, quando estão utilizando o algarismo, essa capacidade é ampliada.
(C) o ensino deve partir de unidades mais simples, o caminho mais fácil para ensinar número aos alunos é apresentar inicialmente os números até 10, depois 100 e em seguida até 1 000.
(D) para saber entre dois números qual é maior, em geral, as crianças não verificam a quantidade de algarismos, mas qual inicia com o maior algarismo, por exemplo, quando ela indica que 99 é maior do que 100. 
(E) certamente nenhuma criança começa pensando que 53 é maior do que 35 porque nele há 5 dezenas e no outro 3 dezenas, mas provavelmente porque “é o primeiro que manda”.

GABARITO:
01 - D
02 - A
03 - A
04 - D
05 - A
06 - C
07 - A
08 - C
09 - E

COLL, Cesar - O construtivismo na sala de aula

1. (VUNESP/2018) Os conhecimentos que são objeto da aprendizagem dos alunos na escola são uma seleção dos saberes relevantes da cultura. Esses conhecimentos, de acordo com Coll (1999), já existiam antes que os alunos iniciassem sua construção pessoal e têm uma natureza 


(A) formativa. 
(B) simbólica. 
(C) reprodutora. 
(D) classificatória. 
(E) informativa.



2. (VUNESP/2013) Na concepção construtivista da aprendizagem e do ensino, segundo Coll et alii (2006), a escola

(A) preocupa-se unicamente com o desenvolvimento cognitivo dos educandos, daí o trabalho com as competências cognitivas.
(B) contribui para o desenvolvimento global dos educandos, incluindo as capacidades de equilíbrio pessoal e de inserção social.
(C) desconsidera o caráter social e socializador que alguns teóricos procuram impor a ela, passando a preocupar-se com a instrução dos alunos.
(D) enfatiza o caráter ativo da aprendizagem, aceitando que esta é fruto de uma construção na qual intervém apenas o sujeito que aprende.
(E) contrapõe a aprendizagem ao desenvolvimento, tendo ciência de que é preciso primeiramente que a criança amadureça para que possa aprender.



03. (VUNESP/2013) Para Mauri, em Coll (2006), aprender consiste em construir conhecimento que já existe na cultura (social e historicamente elaborado). É justamente esse processo de elaboração pessoal que permite que o sujeito desenvolva sua mente, seu pensamento e, em suma, suas diferentes capacidades, vivenciando uma aprendizagem significativa.
Para que isso ocorra, o professor deverá

(A) proporcionar atividades a serem realizadas pelo aluno de maneira solitária, justamente para garantir
a internalização dos saberes culturais implicados, sem interferências, representando aquilo que foi
aprendido.
(B) proporcionar uma aprendizagem com memorização compreensiva do conteúdo, o que permite ao aluno
reproduzir posteriormente, em situações similares, o que foi aprendido, aumentando sua autoestima.
(C) corrigir os erros dos alunos e, a partir deles, mostrar a alternativa correta e solicitar que a copiem para
fixar o conteúdo de forma a permitir maior reflexão sobre o estudo realizado e evitar os mesmos erros.
(D) oferecer desafios para que os alunos utilizem os conhecimentos que já possuem, problematizando
a realidade em que vivem, buscando respostas na interação com outros, construindo novos conhecimentos e a si mesmos.
(E) solicitar aos alunos que participem de forma ativa da aula, sempre com sua condução firme, a qual, pela
superioridade da posição docente, pode garantir o ensino correto daquilo que pretende em sala de aula.



04. (VUNESP/2019) Nos esquemas de conhecimento, estão integrados conhecimentos de tipo declarativo e conhecimento de tipo procedimental. Com a atribuição de significado, não só conseguimos saber algo mais, mas passamos a sabê-lo de forma modificada, pois o objeto de aprendizagem, ao ser interpretado por nossos esquemas, modifica as ideias iniciais, alterando-se total ou parcialmente. Nesse sentido, acerca do papel da memória construtiva ou compreensiva, Teresa Mauri (In: Coll, 1999) afirma que os novos conteúdos são compreendidos:

(A) por sua relação com outros que já possuíamos, e eles são ampliados, revistos ou reorganizados. 
(B) pela repetição constante e diária de conhecimentos trabalhados em sala de aula. (C) a partir da leitura de respostas corretas para as perguntas formuladas pelos professores. 
(D) por meio de uma postura correta frente ao conhecimento, como o uso de prêmios e castigos. 
(E) quando aquilo que constitui um conflito para as ideias do sujeito está distante daquilo que já se conhece.




05. (VUNESP2019) A cada aula, antes de terminá-la, os professores assinalam a parte do texto que será objeto de perguntas na próxima aula. Na outra aula, depois que alunos e alunas dedicaram os momentos iniciais a repassar em silêncio e individualmente a lição, pede-se que alguns deles, seguindo as normas estabelecidas, respondam diante de toda a classe, em voz alta, às perguntas que o professor formulou. De acordo com Coll (1999), nessa concepção a aprendizagem é vista como:

(A) aquisição de respostas adequadas graças a um processo mecânico de reforços positivos ou negativos. 
(B) um processo de construção e representação pessoal dos conteúdos escolares. 
(C) um processo ativo do aluno e da aluna, que lhes permitirá reorganizar e enriquecer o próprio conhecimento. 
(D) desenvolvimento de habilidades metacognoscitivas que permitem aos alunos assegurar o controle pessoal sobre seus conhecimentos. 
(E) um processo cujo centro não é a matéria, mas o aluno e a aluna que atuam sobre o conteúdo que devem aprender.



César Coll e José Luis Rodríguez Illera, em seu texto  Alfabetização, novas alfabetizações e alfabetização digital – As TIC no currículo escolar, tecem considerações importantes sobre a alfabetização no novo milênio. Segundo os autores,

(A) a devida alfabetização em TIC, um dos componentes da alfabetização digital, deve ser voltada à sua vertente mais instrumental.
(B) a importância das TIC como via de acesso ao conhecimento na Sociedade da Informação reforça a hipótese de que a alfabetização digital irá certamente substituir a alfabetização letrada em futuro próximo.
(C) educar no marco de uma cultura digital resume­se especificamente em introduzir as competências, conteúdos e capacidades relacionados à alfabetização digital.
(D) a multiplicidade de dimensões da alfabetização digital justifica que a incorporação das TIC no currículo escolar não deve limitar­se a que os alunos aprendam o funcionamento dos computadores e da internet e seu manejo.
(E) as TIC devem ser consideradas um ingrediente a mais da Sociedade da Informação e não o núcleo central em torno do qual se organiza o novo paradigma tecnológico.





GABARITO

01 - B
02 - B
03 - D
04 - A
05 - A
06 - D